Veja 5 dicas para empreender na área de moda

30/10/2012

*Por Filomena Garcia

De acordo com dados apresentados pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) a cadeia têxtil movimentou US$ 67 bilhões em 2011, e a expectativa é que neste ano o número seja superado. No mercado de franquias, isso se reflete no crescimento que os segmentos de vestuário, acessórios e calçados tem apresentado.

Grandes marcas do setor, que antes só cresciam com lojas próprias, abrem sua expansão por meio de franquia, oferecendo uma ótima oportunidade para que empreendedores com afinidade com essa área possam dar seus primeiros passos como donos de um negócio próprio.

Esse tem sido o caminho escolhido por muitos executivos que buscam seu “plano B”  com menos risco, procurando modelos de negócios que já foram testados e que ofereçam suporte na abertura e na gestão do dia a dia.

Mas é preciso atenção ao entrar nesse mercado, pois existem alguns detalhes que são fundamentais para que a operação de loja no segmento de moda ganhe destaque e tenha sucesso. Confira a seguir:

Defina claramente as coleções

De modo geral, as marcas de vestuário e calçados trabalham com quatro lançamentos de coleções ao ano, mas é importante ter definido um calendário de quando cada uma delas deverá estar no ponto de venda, pois chegar depois dos seus concorrentes pode significar perda de vendas e de clientes que terão oportunidade de conhecer e consumir outra marca.

As coleções são pensadas e criadas normalmente com um ano de antecedência para acompanharem a estação.

Fique antenado com os temas ligado a moda

É importante que o empreendedor que queira atuar neste segmento esteja diariamente buscando informações sobre as principais tendências e estilos que estão em voga. Mesmo que o empreendedor não seja estilista ou não possua conhecimento técnico, é fundamental que se interesse por esse assunto e seja um ótimo conhecedor de marcas e seus diferenciais.

Saiba comprar bem

Saber comprar é muito mais do que somente fazer gestão de estoque, o que também será necessário. É preciso estar atento para acertar nas peças da coleção que terão mais aderência em sua região. No Brasil, temos não só diferenças climáticas de regiões, como também hábitos de consumo característicos de cada cidade, ou até mesmo, dentro de uma mesma cidade.

Uma dica interessante que muitos empreendedores acabam seguindo é ter mais de uma loja ao longo do tempo, como forma de maximizar seu estoque entre as unidades e consequentemente melhorar seu resultado.

Crie uma rede de relacionamentos

Estar presente nos principais eventos sociais e de moda da sua cidade é um fator relevante para quem pensa em empreender nesta área. Tem que se fazer presente e ser lembrado. Principalmente em cidades menores, onde esses laços são facilitados e valorizados.

Participar ativamente nas mídias sociais dando opiniões e dicas de estilo para o seu público alvo, seguir os principais blogs sobre o assunto, participar e criar desfiles em parceria com outras marcas são algumas ações que podem ampliar suas possibilidades de crescimento e referência.

Avalie seu perfil empreendedor

Pode parecer básico falar sobre esse tema. No entanto, ter o perfil adequado para o tipo de empreendimento escolhido se torna cada vez mais fundamental para o sucesso de qualquer negócio.

Pense nas suas afinidades. Veja se seria fácil praticar as dicas dadas ou seria um esforço muito grande implementá-las na sua rotina. Esse é um sinal importante de identificação e pode indicar se o investimento vale a pena, ou se é melhor buscar um outro segmento no qual as suas potencialidades serão mais necessárias e valorizadas.

Lembre-se, o empreendedor sempre poderá fazer um esforço para melhorar seus pontos fracos na hora de empreender, mas é potencializando seus pontos pontos fortes que se faz a diferença.

 

*Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, é especialista em marketing e atua há 20 anos nas áreas de negócios, varejo e Franchising. É co-autora dos livros “Franchising – Uma estratégia para expansão de negócios e “Marketing para Franquias”

 

Fonte: UOL


Mulheres empreendem mais no Brasil

16/10/2012

*Por Filomena Garcia

O número de empreendedores no Brasil tem aumentado exponencialmente nos últimos anos. Atualmente o país possui 27 milhões de pessoas envolvidas ou em processo de criação de um negócio próprio, sendo que quase a metade, 49% desses empreendedores, são mulheres.

O percentual no Brasil já ultrapassa a média mundial de mulheres à frente de um negócio, que é de 37%. É o que nos revelam os dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor realizada em 2011.

Essa mudança do perfil de investidores também é percebida quando olhamos para o franchising (redes de franquias). Em quatro anos de operação da Franchise Store, é a primeira vez que o número de mulheres interessadas em investir em franquias supera o número de homens.

Constatamos através de um estudo que, no primeiro semestre de 2012, o número de mulheres superou em quase 20% o número de interessados do sexo masculino em relação ao mesmo período do ano passado.

Muitas mulheres optam por exercer seu empreendedorismo operando uma franquia – algumas já querem operar três ou quatro negócios antes mesmo da abertura do primeiro – porque esse é um modelo de negócio que pode ser gerenciado a quatro mãos, já que do outro lado existe a colaboração e expertise do franqueador.

Além disso, o risco do investimento é mais baixo quando comparado a um negócio novo, já que o modelo de negócio de uma franquia já foi testado anteriormente no mercado.

Outro ponto que tem levado ao aumento de mulheres à frente de um negócio é o avanço do sexo feminino no campo de trabalho. Há dez ou quinze anos, a grande maioria das mulheres possuía pouca experiência de mercado ou então nunca tinha trabalhado. Hoje, esse quadro é completamente diferente.

Podemos observar que cargos de liderança e alta gerência, que demandam  tomada de decisão, são ocupados cada vez mais por mulheres que entendem suas potencialidades e sabem como aproveitá–las.

Essa mudança no comportamento feminino, dentre outros fatores, tem gerado nessas executivas o desejo de empreender além da carreira. Buscando um “plano B”, executivos de ambos os sexos têm investido cada vez mais em franquias, pois esse modelo de negócio possibilita levar a gestão em paralelo com a atividade atual por um determinado período de tempo.

Muitos franqueadores veem com bons olhos uma mulher à frente da sua marca graças ao perfil de gerenciamento que elas apresentam. Além de serem mais avessas a altos riscos, elas são mais colaborativas.

Essa atitude é altamente desejável quando se está na gestão de uma franquia, que contará com a supervisão do franqueador para apoiá-la sempre que necessário. Além do que, para a marca que realiza expansão através de franquias, ter tanto homens quanto mulheres como franqueados é interessante e enriquecedor, pois são olhares diferentes para o mesmo negócio, trazendo contribuições diversificadas, porém sempre com foco na busca de melhores resultados.

A amplitude dos segmentos de franquias disponíveis hoje no mercado, com aproximadamente 2.000 oportunidades de negócios, facilita ainda mais a entrada da mulher que busca praticar sua veia empreendedora nesse mercado.

*Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, é especialista em marketing e atua há 20 anos nas áreas de negócios, varejo e Franchising. É co-autora dos livros “Franchising – Uma estratégia para expansão de negócios e “Marketing para Franquias”

Fonte: UOL


Como evitar erros comuns na hora de franquiar sua marca

08/10/2012

Muitos empresários encontram na franquia uma alternativa para realizar a expansão do seu modelo de negócio e assim ocupar mercado. Essa é uma ótima estratégia para um crescimento rápido, mas alguns cuidados são fundamentais.

Filomena Garcia, sócia – diretora da Franchise Store, comenta aponta quais são os erros mais comuns cometidos na hora de abrir uma franquia e explica como é possível evitá – los.

Planejamento falho
O primeiro passo para ter sucesso em uma expansão por franquias é fazer um excelente planejamento. Deixar de fazer essa lição de casa é um erro fatal. “O franqueador precisa ter claro quantas unidades pretende abrir, em quais cidades e em quanto tempo”, afirma a consultora.

Precipitação
Um equívoco comum, segundo a especialista, é os donos receberem solicitações de interessados em representar a marca e começarem a franquear sem montar uma boa estrutura. “Muitos proprietários ficam com medo de perder a oportunidade e acabam se precipitando. É melhor pedir que eles aguardem até que o modelo esteja bem definido”, recomenda.

Franqueado errado
Não ter muito claro qual é o perfil do franqueado ideal ou aceitar pessoas que não tenham o perfil correto é outro perigo. “Às vezes a empresa até faz o estudo do perfil, mas abre mão dele para ter um crescimento mais rápido. No fim, o resultado será ruim e será necessário fazer mudanças.” O ideal é conhecer bem o tipo de franqueado de que a marca precisa e se ater a ele.

Suporte inadequado
Não dar o suporte necessário para o franqueado em todas as áreas do negócio é outra armadilha a evitar. “O franqueador tem que estar presente e apoiá-lo o tempo todo, com treinamentos e visitas”, ressalta. “A estrutura de suporte tem que crescer no mesmo ritmo que a rede.”

Comunicação ineficiente
A falta de transparência e de eficiência no diálogo com os franqueados também pode ameaçar o sucesso do negócio. “Usar o fundo de publicidade da rede e não prestar contas, por exemplo, pode trazer sérios problemas para os proprietários da marca”, diz a consultora. Os franqueados têm que estar sempre a par das decisões, por meios de canais eficientes de comunicação.

Fonte: Pequena Empresas & Grandes Negócios


Veja 5 dicas para empreender em marcas estrangeiras

06/10/2012

*Por Filomena Garcia

Investir em franquias é uma opção para quem quer empreender e tem atraído desde estudantes recém-formados que buscam começar um negócio próprio até executivos experientes que procuram um “plano B” para garantir o seu conforto.

No entanto, marcas conhecidas e que já passaram por um forte processo de expansão, muitas vezes dispõem de espaço limitado para a abertura de novas unidades.

Frente a esse cenário, marcas internacionais figuram como uma alternativa para quem, além de empreender, busca também inovar. Devido à crise que assola a Europa e ao bom momento econômico que o país atravessa, muitas empresas internacionais têm enxergado no Brasil oportunidade para a expansão de seus negócios.

Ao iniciar um empreendimento, você deve realizar um estudo detalhado de todo o negócio para se precaver de situações inesperadas que coloquem em risco sua longevidade. Ao importar um modelo de negócio esse cuidado deve ser redobrado, já que você vai empreender trazendo um conceito de fora, levando para outro país toda a cultura de uma marca que nasceu em outra cultura e em outro idioma.

Pesquise, estude e informe-se

Realize um planejamento estratégico completo. Tenha certeza de que você está de posse de todas as informações necessárias, não apenas para a abertura do negócio, mas que também possam impactar a vida do seu empreendimento no longo prazo.

Realize um levantamento de mercado, pesquise quem são os concorrentes e quais ações eles realizam para chamar a atenção do consumidor, estude o mix de preços de toda a operação.

Informe-se sobre como a marca trabalha no seu país de origem para que você possa trazer essa realidade para a região em que o empreendimento será aberto. Conheça toda a parte tributária, saiba em detalhes qual é o modelo financeiro do negócio e veja se ele é competitivo aqui.

Defina alternativas para a logística

Estude como será o processo de importação dos produtos que serão comercializados. Veja se é possível aproveitar a mão de obra local, pois além de aquecer a economia do país com a geração de empregos você poderá oferecer ao consumidor produtos fabricados com insumos locais.

Adapte os produtos à realidade da região do negócio

Outro ponto de extrema importância é a adaptação dos produtos ao consumidor local. Caso o segmento de atuação da marca seja a área de alimentação, saiba que será necessário realizar algumas alterações no cardápio para que ele se adapte ao paladar dos consumidores.

Muitas empresas de alimentação que trouxeram o modelo de negócio de outro país tiveram que adaptar seu cardápio as necessidades dos clientes, como não utilizar grande quantidade de um certo tipo de tempero ou substituir uma receita por outra que se adaptasse melhor ao clima tropical.

Unidades piloto

Pelo fato de o modelo de negócio ser totalmente novo, abrir duas ou três unidades piloto em um primeiro momento pode ser importante para a marca. Com a operação da marca acontecendo em mais de um ponto você pode testar diferentes ações ao mesmo tempo e identificar os hábitos de consumo dos clientes.

Seja sócio em um primeiro momento

Em um primeiro momento estude a possibilidade de ser associado da marca, pelo menos durante a abertura das primeiras unidades. Para a marca pode ser extremamente interessante contar com a sociedade de um investidor local, que conhece o mercado, a região, os hábitos e necessidades dos consumidores do país.

 *Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, é especialista em marketing e atua há 20 anos nas áreas de negócios, varejo e Franchising. É co-autora dos livros “Franchising – Uma estratégia para expansão de negócios e “Marketing para Franquias”

Fonte: UOL


Estudo revela que número de jovens investindo em franquias é alto

27/09/2012

De acordo com uma pesquisa realizada pela Franchise Store, primeira loja de franquias do Brasil, o número de jovens até 30 anos, interessados em investir em franquias, supera o número de investidores entre 31 e 40 anos interessados em investir nesse modelo de negócio.

O levantamento apontou que no primeiro trimestre de 2012 os jovens representaram 45% a 47% dos candidatos com interesse em abrir uma franquia, enquanto no ano passado, nesse mesmo período, o número de interessados nesse mesmo grupo não chegava a 37%. Quando analisado o interesse de candidatos na faixa que compreende entre 31 e 40 anos, em 2011 eles representavam 40% e nesse ano essa porcentagem cai para 35%.

O aumento do interesse por investir em franquias da famigerada Geração Y, que compreende jovens até 30 anos, reflete o comportamento dessa geração, que é impaciente e objetiva retorno rápido.

Para Filomena Garcia, sócia – diretora da Franchise Store, além do perfil empreendedor, na hora de investir em um negócio é importante também a vivência de mercado. “Por mais que o jovem tenha um perfil empreendedor, e a decisão de empreender cedo demonstra isso,  a eles falta a prática e a vivência de ter passado por acertos e superado dificuldades.”

Para o jovens que pensam em investir em uma franquia, a executiva dá um conselho. “Assim como é bom ter sócios com perfis complementares, para os jovens é bom se associar com pessoas que já tenham tido vivência anterior em algum negócio”.

Segundo Filomena, muitos dos jovens que empreendem cedo são formados em administração ou gestão, o que facilita na administração do negócio. E ao decidirem investir em franquias, eles investem em um modelo de negócio já testado e que apresenta resultado.


Saiba usar a comunicação para fidelizar seus clientes

25/09/2012

*Por Filomena Garcia

Em qual segmento atuar? Oferecer produtos ou serviços? Qual o melhor ponto comercial? Em quanto tempo começarei a ter lucro? Como contratar e treinar a equipe? Essas dúvidas estão sempre presentes na vida de um empreendedor, principalmente os de primeira viagem. Mas um item que também deveria ser colocado nessa lista, e que muitas vezes é lembrado apenas quando o negócio não demonstra o desempenho esperado, é a fidelização do cliente.

Fidelizar o cliente é um trabalho diário, pois graças a essa manutenção constante a marca consegue cada vez mais estar presente na vida de quem realmente importa para sua permanência no mercado.

O empreendedor deve saber que produto, serviço, comunicação e relacionamento são os pontos mais significativos do negócio para a fidelização da marca. Com o nível de expectativa cada vez maior dos clientes, oferecer produtos e serviços de ótima qualidade, pode até garantir que a sua marca será lembrada, mas não garante a fidelização.

Há canais de comunicação de baixo investimento

Comunicação é uma das vertentes mais importantes quando falamos sobre fidelização. No entanto, muitos empreendedores a cortam, ou por não tê-la ou mesmo por falta de recursos. Sem comunicação, o mercado não saberá sobre a sua existência, sobre seus diferenciais, produtos ou serviços, e o quão bom você.

Um bom exemplo de canal de comunicação, e que não requer altos investimentos,  são as redes sociais. Através delas, não só conseguimos nos comunicar com novos e atuais clientes, como conseguimos interagir e responder rapidamente as expectativas ou até mesmo saber o retorno de uma ação ou lançamento de um novo produto ou serviço. Isso cria um relacionamento com o cliente, pois a comunicação é sempre de mão dupla.

Investir neste e em outros tipos de relacionamento com o seu cliente, se torna cada vez mais fundamental. Pois, com a padronização cada vez maior de produtos e pontos de venda, você corre o risco de acabar se tornando apenas mais um aos olhos do consumidor. Oferecer ao cliente uma experiência diferenciada na hora da compra é outro fator que pode ampliar muito a possibilidade de fidelizá-lo.

E, por fim, ofereça um ambiente físico agradável para que o cliente se sinta confortável e queira permanecer o maior tempo possível em sua loja. Se preocupe com os detalhes, como o visual da loja, vitrines, limpeza, organização, iluminação, estacionamento, música e sensações olfativas.

Obter sucesso fidelizando tanto os novos clientes quanto aqueles já conquistados, também é uma forma de empreender.

*Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, é especialista em marketing e atua há 20 anos nas áreas de negócios, varejo e Franchising. É co-autora dos livros “Franchising – Uma estratégia para expansão de negócios e “Marketing para Franquias”

Fonte: UOL


Um bolo que viaja três mil quilômetros

19/09/2012

Silvana Abramovay Marmonti, fundadora do Amor aos Pedaços

Depois de décadas limitando seu crescimento a um raio de 300 quilômetros de São Paulo, a Amor aos Pedaços cria embalagem que faz seus bolos durarem mais e se espalha pelo País

Todo dia centenas de caminhões saem de São Paulo para Belém, no Pará, levando todo tipo de carga. De automóveis a geladeiras, ferramentas a maquinário industrial, tudo passa por esses 2.913 quilômetros de estrada. Tudo mesmo. Até bolos, doces, pavês e outros quitutes. Mas como produtos tão delicados – e perecíveis – resistem aos solavancos dessa viagem?

A rede paulista de docerias Amor aos Pedaços conseguiu encontrar uma resposta para essa pergunta depois de décadas limitando sua expansão a um raio de 300 quilômetros da capital. “O charme de nossos bolos é que eles são artesanais. Não usamos conservantes e muitos dos doces, como o bicho-de-pé, são feitos ainda na panela, com colher de pau”, diz Silvana Abramovay Marmonti, sócia e fundadora da rede, junto com Ivani Calarezi. “Mudar isso seria perder nossa essência e deixaríamos de ser a Amor aos Pedaços”, diz Silvana.

O obstáculo da distância, diz Filomena Garcia, diretora da consultoria Franchise Store, é um entrave para grande parte das franquias de alimentação. “Um simples pão fica diferente se feito por pessoas diferentes”, diz ela. “O consumidor, quando vai a uma franquia, espera encontrar o bolo ou o doce no mesmo padrão que ele já conhece.”

Na tentativa de expandir sua rede, hoje com 60 lojas, a Amor aos Pedaços já tentou transferir parte da produção para outros Estados. “Estabelecemos que alguns master-franqueados, no Rio e no Paraná, iriam gerenciar, cada um, uma unidade de produção”, lembra Silvana. Isso foi há dez anos e não deu certo. “Eles não conseguiam tomar conta da rede e das fábricas ao mesmo tempo. A qualidade ficou comprometida e foi um fiasco.”

Apesar do fracasso, a ideia da expansão continuou sendo uma meta para Silvana e Ivani. As duas, então, passaram a tarefa à engenheira de alimentos Tania Nakajima, que ganhou também um prazo para encontrar a solução: em um ano, a empresa teria de estar pronta para iniciar o processo de expansão para outros Estados.

Embalagem. “Nossa primeira ideia foi congelar”, lembra Tania, que já tem 19 anos na Amor aos Pedaços. “Mas congelando, criávamos um problema para as lojas pois muitas não têm espaço na cozinha para mais um freezer ou para armazenar os bolos. “

Mandar tudo em caminhão refrigerado, tampouco daria certo: o frete sairia caro demais e inviabilizaria o preço final do produto. Além disso, muitas rotas levam dez dias por transporte rodoviário e a validade do bolo era de quatro dias.

“A ideia seguinte foi usar uma embalagem a vácuo”, lembra Tania, mas também não deu certo: quando era retirado da embalagem, o bolo praticamente esfarelava. Mas conversando com seus colegas da Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos (Abea), a engenheira teve a ideia de “customizar” a embalagem a vácuo. “Um colega da associação, que é fornecedor da máquina de vácuo e trabalha com gases e controle microbiológico, sugeriu que tirássemos o oxigênio da embalagem”, lembra Tania.

Deu certo. A massa do bolo – já assada e pronta para a montagem – começou a ser embalada em uma espécie de bolsa plástica da qual é retirado todo o oxigênio. “Uma mistura de gases é injetada nessa bolsa hermeticamente fechada e eles conservam o bolo por até seis meses”, conta. “Depois de estudar cada detalhe de como são feitos nossos produtos, as engenheiras chegaram a uma solução”, diz Ricardo Miragaia, diretor executivo da rede de docerias.

Na mesma embalagem, a Amor aos Pedaços agora consegue transportar recheios e doces, como o brigadeiro mole. Tudo é embarcado em caminhões de uma empresa terceirizada. Semanalmente, a empresa despacha o caminhão para atender as recém inauguradas lojas em outros Estados.

Quando chegam às franquias, o bolo é retirado da embalagem para ser montado: recebe recheio, cobertura e vai para a vitrine. “Os franqueados têm um treinamento de 30 dias aqui na sede para fazer tudo como se faz aqui, sem mudanças e mantendo a mesma qualidade”, diz o executivo.

Lojas e nova fábrica. Com a charada da logística resolvida, agora a Amor aos Pedaços faz planos para se espalhar pelo País. Já têm lojas em Minas Gerais, no Maranhão, no Espírito Santo, Distrito Federal, na Bahia, no Mato Grosso do Sul e no Pará. A meta da companhia, que faturou R$ 56 milhões em 2011, é saltar de 60 para 100 lojas nos próximos três anos – e alcançar 160 até 2017.

Para dar conta dessa demanda, a Amor aos Pedaços pretende inaugurar no mês que vem uma nova fábrica, na qual investiu R$ 4 milhões de seu próprio capital. Até hoje, tudo é feito numa casa, na Vila Olímpia. Quando pronta, a unidade em Cotia, absorverá a produção atual e ampliará a capacidade de 70 toneladas ao mês para 200 toneladas ao mês. “A fábrica dará suporte à expansão”, diz Silvana.

Até agora, segundo ela, a estratégia tem dado certo, conforme o faturamento das franquias mais distantes. Muitas chegam a igualar a receita à de lojas movimentadas, na capital paulista. “Tivemos um ótimo retorno, principalmente dos consumidores. Muita gente contou que quando vinha a São Paulo, visitava uma das lojas, como se fosse ponto turístico e que as franquias que estão sendo abertas no Norte e no Nordeste não perdem em nada”, afirma a sócia-fundadora.

Mas além da logística, a expansão também tem seus obstáculos. “Com lojas distantes, a gestão do franqueado deve ser muito precisa e afinada com o que a empresa quer”, diz Filomena Garcia, da Franchise Store. “Por isso uma boa seleção do franqueado nessas cidades distantes é fundamental para não haver diferenças.” Afinal, não é só o bolo que conta.

Fonte: O Estado de São Paulo

Para saber mais informações sobre Amor aos Pedaços, clique aqui.


Conheça ingredientes essenciais de marketing para redes de franquias

18/09/2012

*Por Filomena Garcia

Nesta coluna, já falei sobre as boas práticas no uso da verba de marketing de sua empresa. Desde então, percebi que muitos empresários, independentemente do ramo de atuação, têm dúvidas sobre como desenvolver uma linha de marketing que seja eficiente e, ao mesmo tempo, atenda às necessidades da rede.

Como uma das funções do marketing é superar desafios, eu diria que responder a essa questão seja o maior deles, pois a partir daí a direção ficará mais clara e toda a rede trabalhará  “com” e não “para” o marketing .

O marketing em uma rede de franquias precisa envolver seus franqueados no processo de desenvolvimento, que terá como produto final as ações e campanhas da marca e da rede. O  grande desafio que temos em uma rede de franquia é atender as necessidades regionais, sem com isso perder a essência, a “promessa” que toda marca se propõe a realizar.

Não é como em uma receita de bolo, para a qual existe uma fórmula única a ser seguida. Aqui os ingredientes são adicionados conforme o paladar, podendo ser inseridos ou não, em maior ou menor quantidade.

Comunicação com franqueados é a chave

O   primeiro ingrediente é criar canais de comunicação com a própria rede, seja comitês de marketing, intranet, pesquisas periódicas, encontros regionais, entre outros. Criado esses canais, vamos ao segundo ingrediente que é dar relevância e prioridade no que diz respeito à participação efetiva entre  franqueados e equipe da franqueadora.

O terceiro é munir a rede de conceitos sobre os caminhos que se está pretendendo tomar e os motivos pelos quais os mesmos gerarão mais resultados a todos.

O último e talvez o ingrediente mais importante é pensar em uma estratégia em que os investimentos de marketing possam ter uma  parcela direcionada para ações locais, onde de fato o franqueado possa “incrementar” uma ação nacional e com isso obter  mais  e melhores resultados.

Portanto, o papel do franqueado em uma rede de franquia pode e deve fazer toda a diferença no marketing, transformando uma simples ação, uma nova campanha da marca ou o lançamento de um produto ou serviço em um evento único e de sucesso.


*Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, é especialista em marketing e atua há 20 anos nas áreas de negócios, varejo e Franchising. É co-autora dos livros “Franchising – Uma estratégia para expansão de negócios e “Marketing para Franquias”

Fonte: UOL


Suplicy Cafés quer abrir 20 franquias em 2013

13/09/2012

A rede Suplicy Cafés Especiais conta atualmente com nove lojas nas cidades de São Paulo, Brasília e Goiânia. Até o final do ano, a marca pretende fechar 11 novos contratos de franquia, além de outros 20 em 2013, totalizando 40 unidades. Para isso, a Suplicy se aliou à loja de franquias Franchise Store.

O diferencial da Suplicy está no cuidado com o atendimento, oferecido por equipes de baristas, além da qualidade do grão de café. De acordo com Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, essas características especiais serão mantidas com a expansão rápida da marca, cuja primeira loja foi aberta em 2003, em São Paulo. “Estamos estruturando o crescimento de forma criteriosa, para que a Suplicy não perca a essência que tem hoje”, afirma.

Para abrir uma unidade, o investimento mínimo é de entre R$ 250 mil e R$ 350 mil. A previsão para retorno é de 24 a 36 meses, e o faturamento médio mensal por loja varia entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. A área necessária para montar uma loja fica entre 21 m² e 150 m².

O plano de expansão da Suplicy Cafés abrange o país todo e, de acordo com Filomena, o diferencial da rede está no conceito da marca. “A Suplicy não é apenas um café, e sim um lugar para conversar, fazer happy hour e reuniões. O conceito dela está por toda a parte da loja, e é justamente esse diferencial que queremos oferecer tanto para clientes quanto para investidores de todo o Brasil.”

E qual seria o perfil desse potencial franqueado? De acordo com Filomena, é necessário gostar de atender o público. Além disso, o dono tem que ter presença constante na operação da loja. “Valorizamos especialmente quem é bom apreciador de café”, diz ela. “Mas não precisa ser expert, já que oferecemos treinamentos detalhados.”

Além de suporte na forma de treinamentos, a Suplicy Cafés e a Franchise Store asseguram apoio constante para o franqueado por meio de visitas periódicas para garantir uma franquia bem-estruturada.

“O empreendedor aceito na rede aprende cedo que precisa proporcionar experiências únicas de degustação de café e passar ao cliente o ritual de curtir o momento na loja”, diz Filomena.

Fonte: Pequena Empresas e Grandes Negócios

Para saber mais informações sobre a Suplicy Cafés Especiais, clique aqui.


Saiba avaliar o melhor momento para empreeender

12/09/2012

*Por Filomena Garcia

Para quem busca uma resposta a essa pergunta, a notícia ruim é que não existe uma “receita de bolo” a ser seguida. Por outro lado, a notícia boa é que essa resposta pode estar muito próxima de você.

Algumas pessoas insistem em querer definir o “momento ideal para se empreender” por meio de fatores externos: situação da economia, mercado de trabalho, crescimento de algum segmento, informações de mercado, entre outros.

A verdade é que sempre teremos motivos de sobra para olharmos essas informações e tomarmos a decisão de empreender com base em nossa leitura desses dados. A grande questão é que essa interpretação pode acabar sendo muito subjetiva.

Por exemplo, um otimista pode olhar os resultados positivos de um determinado mercado e concluir que, exatamente por isso, é uma boa oportunidade para investir e empreender. Em contrapartida, outro empreendedor pode olhar esses mesmos dados e concluir que, como outros também estão olhando para isso, esse será um mercado muito competitivo e com pouca chance para se conseguir alguma diferenciação.

A resposta sobre o melhor momento para empreender se encontra mais dentro do que fora do empreendedor. É uma decisão pessoal de acreditar, de agrupar as suas ideias, suas habilidades técnicas e comportamentais e confrontá-las com o seu momento atual de vida.

A partir deste cruzamento, você poderá descobrir que precisa aprimorar algumas habilidades técnicas específicas para o negócio que você pretende abrir, por exemplo. Ou que, apesar de estar habilitado do ponto de vista técnico e de atitude, você não está no seu melhor momento, pois tem outras prioridades pessoais de realização ou mesmo prioridades ligada à família.

Saber que a responsabilidade é totalmente sua não torna mais fácil a decisão de iniciar um empreendimento. Mas pode ser o empurrão que faltava para quem só estava esperando um sinal externo para começar.

*Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, é especialista em marketing e atua há 20 anos nas áreas de negócios, varejo e Franchising. É co-autora dos livros “Franchising – Uma estratégia para expansão de negócios e “Marketing para Franquias”

Fonte: UOL